A saúde começa no solo.

A saúde começa no solo! É exatamente esse o aprendizado que este antigo ditado nos ensina: solo sadio, planta sadia, homem sadio.

Este ditado resume de maneira bem simples a interligação dos ciclos naturais. Não pode haver homem sadio sem que haja planta sadia e nem solo sadio, pois em solo doente só crescem plantas fracas, mal formadas, pobres em nutrientes, que por sua vez oferecem uma nutrição também fraca e pobre ao homem e isso impacta diretamente em sua saúde.

Tudo está conectado. O solo e a planta formam uma unidade no ciclo natural da vida. São interdependentes. A planta se alimenta da luz do sol, e através da fotossíntese transforma essa energia em química com a participação da água, do ar (gás carbônico) e do solo (minerais) em nutrientes que alimentam os animais e os homens.

Em um solo doente, pobre e fraco não cresce planta sadia, e essa planta que está doente, mal nutrida, atrai parasitas como fungos, bactérias, insetos e vírus. A planta já estava doente quando esses parasitas apareceram e não o contrário, porém continuam doentes após os mesmos serem eliminados, pois na agricultura “convencional” ataca-se o parasita mas não se cura a planta, afinal causa dessa doença é o solo, não somente a planta.

Sabemos que o corpo humano é composto por água em sua maioria, que a água é essencial à vida de todos os seres, mas a sociedade continua praticando a queimada e o desmatando florestais e com isso ocorre a alteração do regime de chuvas, fazendo com o que o solo fique seco, compactado, quente, empobrecido pela perda dos nutrientes e dos microorganismos que “geram vida” à ele, e que dependem de água, assim como nós, para viver.

A agricultura orgânica e ecológica respeita e trabalha os diferentes ecossistemas e por isso todos os componentes deste ciclo são preservados saudáveis. Tudo começa pela qualidade do solo, que é tratado à base de compostos orgânicos de verdade (matéria orgânica verde de qualidade e palha) que servem exclusivamente para nutrir a vida do solo. O enfoque desta prática é holístico, enxerga o sistema inteiro e como um todo e leva à uma agricultura mais sadia, mais lucrativa e mais fácil.

Os conceitos básicos desta prática são:

Agregar o solo e protegê-lo contra o sol excessivo e o impacto das chuvas.

Aumentar sua biodiversidade natural através da diversidade de culturas cultivadas juntas.

Aumentar a amplitude horizontal e vertical do sistema radicular (mais espaço para as raízes se aprofundarem e se alastrarem no solo em busca de nutrientes).

Com alimentos de maior valor biológico e nutricional, as pessoas necessitam comer menos para serem melhor alimentadas, afinal a nutrição está muito mais relacionada à qualidade do que à quantidade do alimento ingerido, visto a nossa sociedade que vem registrando o aumento do índice de obesidade por conta do aumento da ingestão calórica diária versus a diminuição da qualidade do alimento.

O poder de escolha é sempre nosso! Para mudar esse cenário é preciso dar o primeiro passo, se comprometer e se responsabilizar pelo o que se consome, escolhendo empresas e produtos que estão comprometidos não somente com o lucro financeiro, e sim com o valor que a preservação do meio ambiente oferece à sociedade.

Conheça mais sobre a importância do solo para preservação e cultivo da nossa natureza neste filme, “A vida do solo”feito em 1950 pela Ana Primavesi. O longa metragem esmiúça a ação dos microrganismos e a importância da matéria orgânica para que haja fertilidade. Tudo depende do solo. O ar, a água, as plantas e os seres, numa teia interdependente. Essa é a versão original. Breve uma versão restaurada estará disponível, na qual dividiu-se o filme em capítulos para que as pessoas possam “pular” para as partes que mais as interessem.

Na página de Ana Maria Primavesi – pessoa pública no facebook, os interessados podem copiar a lista com o desenho de cada personagem do filme para que possam acompanhar a evolução da historinha.

https://www.facebook.com/anamariaprimavesi