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Todo vegetariano é saudável?

Todo vegetariano é mesmo saudável? Muitas pessoas associam a dieta dos vegetarianos a um estilo de vida com escolhas alimentares mais saudáveis, porém, essa constatação nem sempre é verdadeira.

Antes de tudo, um indivíduo vegetariano e um indivíduo onívoro são e serão sempre pessoas com interesses, hábitos, rotinas, paladares e objetivos de vida diferentes, portanto veicular uma opção alimentar à saúde da pessoa é o primeiro equívoco a se cometer. Da mesma forma que existem onívoros saudáveis e não, os vegetarianos recebem as mesmas atenções.

Contudo sabe-se que uma dieta vegetariana (ou seja, rica e diversa em vegetais e bem equilibrada) colabora efetivamente para redução de riscos de doenças crônicas, problemas cardiovasculares, câncer, obesidades, etc.

Mas então você pode estar pensando: “se o vegetariano só come salada, e eu  quando resolvo entrar em um ritmo de vida saudável a primeira escolha que faço é começar a fazer um pratão de salada e legumes e muitas vezes ainda substituir o jantar por salada e carne animal… como uma pessoa que só vive de mato pode estar fora do peso?” 

Aí está um outro grande engano, achar que todo vegetariano é obrigatoriamente magro!

Este é um questionamento (e às vezes uma frustração) bem frequente que recebo em minhas consultas, vindas principalmente dos recém vegetarianos: “agora que tirei as carnes eu como salada no almoço e no jantar,  e muitas frutas e shakes delas nos lanches, não consigo entender porque ganho cada vez mais peso, estou com queda de cabelo, unhas descamando…”

Informação é a chave da nutrição!

O problema está aí, por falta de instrução ou informação, muitas pessoas ao fazer a transição para o vegetarianismo começam a consumir mais industrializados, seja hambúrgueres ou outros pratos prontos, porções exageradas de frutas (e tudo em excesso não é bem vindo), ingerem muito mais arroz, risotos, etc. Os carboidratos simples como massas em geral, pães e batatas são adotados frequentemente como opção alimentar rotineira, até mesmo diária.

A primeira coisa que fazem para “substituir” a proteína (em especial os ovolactos) é não deixar faltar queijos, seja no café da manhã, no lanche da tarde, no almoço e no jantar, sendo o queijo coalho e a ricota sempre os mais presentes! Sem falar nos iogurtes com frutas e granola, massas com molho de queijo, ovos cozidos ou omelete recheado, as famosas crepiocas ou tapiovos… consomem tudo isso com a intenção de não faltar aquela dosa caprichada de proteína.

Essas escolhas repercutem em um  perfil inflamatório altíssimo, em uma grande maioria o desequilíbrio nutricional é facilmente identificado e quando colocado em tudo em harmonia, os sintomas e as sensações são expressamente revertidos de forma positiva.

Vamos lá para formas práticas!

A primeira coisa que temos que desconstruir para os novos veganos, vegetarianos e aspirantes é o mito de que a carne vermelha ou branca são absolutamente essenciais para adequação nutricional, e que a falta deles é de fato problema.

Muito pelo contrário, se você está buscando uma mudança em suas escolhas alimentares você deve se permitir conhecer muito mais variedades de alimentos e de preparações, que vão além do simples prato de arroz, feijão, carne e salada de alface com tomate.

Para você se permitir a isto, precisa entender que o nosso equilíbrio nutricional é conquistado diariamente e não por refeições sólidas, portanto não se resume a conter frango ou carne, se resume a daqui pra frente em conter SEMPRE:

Leguminosas (feijão, lentilha, grãos de bico, ervilha, tofu, tempeh…) bem como as verduras verdes escuras (escarola, espinafre, couve, brócolis….). Os grãos e cereais (aveia, quinoa, painço…) juntamente com as sementes e oleaginosas (semente de abóbora, de girassol, castanha do Pará, baru, amêndoas, avelã, pistache, macadâmia, nozes…) e também uma boa dose de óleo de boa qualidade (abacate, azeite, óleo de linhaça, etc.).

Incluir também na nova rotina alimentar frutas dos mais diversos tipos, dando sempre preferência para aqueles ricas em vitaminas C para potencializar a absorção e fixação de ferro (vocês encontraram um  vídeo explicativo no perfil no instagram do @oranchoorganico).

Por fim, tenha certeza de uma coisa, cada indivíduo tem sua particularidade e portanto merece não ser taxado nem colocado em questão de acordo com sua escolha alimentar!

Ser vegetariano não significa ser magro ou saudável, assim como ser onívoro não é necessariamente ser menos saudável, mas mais forte e mais resistente para exercícios físicos. Partindo deste ponto, a adoção de qualquer opção alimentar merece atenção e cuidados particulares, e por isso o acompanhamento de um bom profissional nutricionista é imprescindível para adequar suas necessidades individuais e evitar deficiência e doenças.

 

Rancho Orgânico Rancho Orgânico

Bruna A. Fantazia Olivetti
CRN – 36315
Nutricionista Especializada na área Esportiva e Estética e em Suplementação Esportiva. Atende publico ativo, desde praticantes de atividade físicas até atletas, gestantes.

@brunafantazia_nutri

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